quarta-feira, 9 de abril de 2008

Acordo ortográfico

Sou daqueles que acham que o acordo ortográfico foi mal acordado e deveria ainda ser parado. Não porque seja por princípio contra qualquer modificação da ortografia da língua portuguesa, já houve outras alterações ao longo dos séculos e a nossa língua só ganhou em clareza e simplicidade em quase todos as actualizações. Não me imagino a escrever "pharmacia" ou "chimica". Também não é por achar que a uniformização com o português tal como se escreve no Brasil seja um crime de lesa língua. Simplesmente acho que muitas das alterações propostas são disparatadas e nunca deveriam ter sido aprovadas, correspondam ou não à maneira como se escreve no Brasil.
Um dos aspectos que me deixa perplexo é a eliminação de assentos em palavras graves para evitar confusão com palavras homógrafas. Atente-se nas frases, não demasiado forçadas:
«O filho grita: “Pai, pára, pára para eu poder sair do carro.” O pai pára para deixar o filho na escola.»
«O dono passa a mão pelo pêlo do cão, que abana a cauda com prazer.»
Passarão a escrever-se:
«O filho grita: “Pai, para, para para eu poder sair do carro.” O pai para para deixar o filho na escola.»
«O dono passa a mão pelo pelo do cão, que abana a cauda com prazer.»
Acham bem?

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